RX e QX
Inestimável para o Intérprete ao Vivo e o Produtor lá de Casa
Juntamente com os sintetizadores da Série DX da Yamaha, as caixas de ritmo da Série RX e os sequenciadores MIDI da Série QX desempenharam um papel fundamental na definição do som dos anos oitenta. Antes da chegada da Série RX, a maioria das caixas de ritmo tinha geradores de sons analógicos como núcleo, mas, em contraste, esta série da Yamaha destacou-se com sons baseados inteiramente em PCM — ou seja, amostragem. Enquanto as caixas de ritmo eram tipicamente usadas para criar grooves robóticos de techno e outros estilos de música semelhantes, os sons autênticos de bateria da Série RX, bem como o suporte para programação de mudanças de volume, chamadas de "níveis de acento", tornaram possível a produção de padrões rítmicos altamente realistas. As baterias PCM das caixas de ritmo da Série RX foram o complemento perfeito para os outros sons de instrumentos produzidos com FM, e esses dispositivos tornaram-se, assim, um motor da duradoura popularidade dos nossos sintetizadores DX exclusivamente FM. Além disso, vinham equipados com grandes pads de bateria que os teclistas podiam utilizar convenientemente em palco para tocar partes de percussão. A choca, em particular, tinha um som muito distintivo e foi utilizada em muitas das músicas da época.
Com exceção de auscultadores, pedais e outros periféricos semelhantes, era muito raro para um fabricante de instrumentos musicais comercializar produtos que não produzissem sons próprios. No entanto, seis meses após o lançamento da Série RX, foi introduzido o QX1 MIDI Sequencer, um dispositivo exatamente dessa natureza. Com uma resolução extremamente fina de 384 divisões por semínima, oito pistas, capacidade de memória para até 80.000 notas e oito terminais de saída MIDI, o QX1 atraiu muita atenção como um sequenciador MIDI profissional completo, adequado tanto para gravação quanto para performance ao vivo. Lançado em 1986, o QX5 custava menos de 70.000¥, tornando-o acessível a músicos amadores e ajudando a aumentar a popularidade da gravação lá em casa. Os produtores caseiros já utilizavam computadores e software de sequenciamento MIDI na segunda metade dos anos oitenta, mas o fornecimento de energia em ambientes ao vivo nem sempre era confiável. O sequenciador hardware podia ser usado com confiança nessas situações, uma vantagem que ajudou a tornar a Série QX um favorito de longa data entre os profissionais.