2as Maiores – à conversa com Ana Carina Sousa
Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música? Ana Carina: A música sempre fez parte da minha vida. O meu pai era músico e um dos meus irmãos também. Curiosamente, a primeira experiência que tive na música foi a gravar uma cassete onde cantei. Tinha cinco anos. Nesse mesmo ano, apresentei-me pela primeira vez em palco.
Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música? Ana Carina: Penso que é uma das coisas que nunca tem uma lista definitiva, pois é um contínuo na vida de um músico ser influenciado e também influenciar. De qualquer das maneiras posso afirmar que a minha maior influência foi o meu pai, pela dedicação e profissionalismo que sempre teve com a música, pois dedicou a sua vida à música e a criar músicos incríveis. Tive a felicidade de partilhar o palco com ele e o meu irmão, o que foi um grande privilégio e uma valiosa aprendizagem.
Yamaha: Qual foi o professor que mais te influenciou, há algum conselho ou conhecimento que continuas a transmitir? Ana Carina: Tive vários professores ao longo dos meus anos académicos e todos eles me influenciaram de uma maneira ou de outra. Sem dúvida que o William Bennet foi uma grande influência tanto a nível musical, como pessoal. Posso também referir o meu professor em Haia, Rien de Reede, que me ajudou a amadurecer musicalmente, mas também foi importante pelo seu suporte emocional e confiança que depositou sempre em mim. Além do valor musical que inevitavelmente tiveram na minha vida profissional, penso que o conhecimento mais importante que obtive deles, foi a empatia e a bondade para com os outros. É algo que tento passar para os outros.
Yamaha: Que importância tem a música na tua vida? Ana Carina: A música sempre existiu na minha vida. É uma parte da minha identidade inevitavelmente.
Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais? Ana Carina: Além do meu trabalho como professora, trabalho com o meu trio, que apresenta obras de compositores portugueses. Estou a trabalhar também com orquestra e tenho várias masterclasses que vou orientar, além de concertos marcados onde vou tocar a solo.
Yamaha: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha? Ana Carina: Tenho uma flauta em ouro Yamaha da série 900. É uma flauta versátil, que responde rapidamente e tem um mecanismo seguro. Tem um som bastante requintado, mas poderoso. A Yamaha sempre fez parte da minha vida de uma maneira ou de outra. A minha primeira flauta foi uma Yamaha e é a flauta que sempre aconselhei aos meus alunos, exatamente pelas características que as flautas Yamaha apresentam.
Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos? Ana Carina: Poderia enumerar variadas coisas, mas penso que a mais importante é a que o meu pai me passou e levei para a vida, que é confiar em nós próprios. Vivemos a vida com variadas situações, umas boas e outras inevitavelmente menos boas. Sendo músicos, estamos expostos a muitas críticas, muitos concursos e muitas batalhas, onde por vezes corre tudo bem e outras vezes nem tanto. O principal é ter autoconfiança. Ser resiliente e usufruir do que estamos a fazer.