O Porto Drum Show 2023 foi Brutal!

Este foi, até agora, o Porto Drum Show mais participado de sempre. A organização elevou a fasquia e arriscou numa edição de dois dias, apresentou um cartaz de luxo e muito eclético, com destaque natural para os artistas Yamaha: Ivo Costa, Michael Lauren e Antonio Sanchez, e para os artistas Paiste Gary Husband, Eric Moore, Vini Baschera e Eloy Casagrande. Foi uma aposta ganha, para grande satisfação dos mais de 1.500 bateristas que passaram pelo Parque de Exposições da Alfândega.

IVO COSTA

A responsabilidade de abrir as hostilidades ficou a cargo de Ivo Costa, artista Paiste e Yamaha, e a escolha não poderia ter sido melhor. Às 11h15 de sábado, o sempre cativante Ivo Costa conquistou as centenas de assistentes na Education Zone com os ritmos viciantes que convidavam à dança. Partilhou com os presentes como conseguiu integrar as influências africanas na sua forma de tocar. As colaborações com artistas como Sara Tavares, Paulo Flores, Lura, Carminho, ADUF, entre outros, fundiram-se com as suas raízes no Funk e no Rock, levando-o por novos e emocionantes caminhos. Essa experiência permitiu-lhe desenvolver uma linguagem única, refletindo-se não só na música que produz hoje em dia, mas também na criação do seu projeto, Bateu Matou. “Adorei estar num dos maiores festivais de Bateria da Europa. Foi uma honra e um prazer enorme tocar para uma plateia atenta e generosa” Ivo Costa.

MICHAEL LAUREN

A manhã de sábado reservava ainda uma masterclass com o mestre Michael Lauren. Às 12h45, o mentor de grande parte da nova geração de bateristas portugueses presenteou a audiência com uma aula intitulada "Uma síntese da evolução da bateria e a contribuição significativa para os estilos musicais originais americanos que ajudou a criar". A masterclass teve início com a temática da adaptação dos ritmos africanos ao Jazz Tradicional de Nova Orleães e ao Blues., passando pelo início do Rock nos anos 50, até ao funk nos anos 70, e terminando com a fusão. Que mestre! Lauren tocou, cantou e podemos afirmar que "dançou"! Foi divertido, cativante e didático. “A minha experiência no Porto Drum Show '23 foi fantástica. O evento estava bem organizado, amigável, útil e, claro, o maravilhoso público que assistiu à minha Masterclass estava muito envolvido e apoiou a minha apresentação” Michael Lauren.

ANTONIO SANCHEZ

À medida que a tarde avançava, o palco principal ganhava vida. Já tinha tocado Vicky Marques e o artista Paiste Gary Husband, quando o galáctico Antonio Sanchez tomou conta do palco. Antonio Sanchez destacou-se na cena musical mundial pela sua excecional habilidade na bateria. Detentor de múltiplos prémios Grammy, Antonio Sanchez exibiu em palco, não apenas, o virtuosismo na bateria, mas também partilhou uma visão enriquecedora, moldada ao longo de uma carreira que abraça vários estilos de música e a interseção única entre a música e o cinema. A sua mestria e inovação brilharam numa sessão memorável, onde cada nota narrava a história de um músico que transcende os limites convencionais da sua arte. Uma sessão memorável, onde as palavras sábias e as performances inspiradoras de Antonio Sanchez, um autêntico ícone da bateria, continuam a contribuir para a história musical contemporânea.

Mas o dia de sábado ainda ficaria marcado pela homenagem da Yamaha e do Porto Drum Show ao Mestre Michael Lauren, que aconteceu no final do dia, após a atuação energética do artista Paiste Eric Moore, um dos membros originais do Gospel Chops Movement. Pelo stand da Yamaha passaram os artistas de bateria João Martins, João Cunha, Pedro Machado, Eron Gabriel, Luis Logrado, Pedro Serralheiro, e pelo artista de trompete, também ele baterista, Luís Miguel Macedo.

A Yamaha voltou a surpreender com um stand conceptual, ao apostar em configurações alternativas da bateria best-seller Stage Custom, que combinava o kit de Rock com o Bop Kit, e o muito cobiçado Hip com um timbalão adicional.

Foi um fim de semana "alucinante", que culminou com a atuação do artista Paiste, uma Casagrande com o nome de Eloy.