2as Maiores – à conversa com Pedro Tavares

"Desde que me lembro, a música está presente em grande parte do meu dia-a-dia, então tentar exprimir por palavras a ‘importância’ que tem para mim, seria estranhamente complexo."

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
Pedro Tavares: Tive o meu primeiro contacto com a música por volta dos 9 anos de idade. A minha tia, que também tocava percussão, integrava uma banda filarmónica local, na qual acabei por me inserir devido ao fascínio que sentia pela música, e particularmente pela secção rítmica. Esta é a primeira memória musical que tenho, e creio que foi a partir deste momento que tudo começou.

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
Pedro Tavares: Para mim, é impossível fazer uma selecção de influências, pois são inumeráveis as pessoas e artistas que me inspiraram. No entanto, posso salientar que os que me marcam são aqueles que transmitem ‘algo’ durante a performance. Está subentendido que este ‘algo’ é uma mensagem, uma ideia, ou até mesmo um sentimento, fundamentado pelas próprias razões, em algum momento, adquiridas durante as suas vivências enquanto seres humanos.

Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
Pedro Tavares: Desde que me lembro, a música está presente em grande parte do meu dia-a-dia, então tentar exprimir por palavras a ‘importância’ que tem para mim, seria estranhamente complexo. Indubitavelmente que não foi uma escolha consciente, mas que a certo ponto decidi fazê-lo a tempo inteiro, pois senti que era o caminho mais correto e honesto.

Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais e futuros? (em termos de estudo, concursos e concertos)
Pedro Tavares: Ultimamente, tenho dedicado a maior parte do meu tempo como performer, aos meus projetos de música de câmara, porque é algo que me continua a fascinar. Para além disto, explorar repertório solo com abordagens menos convencionais é algo que me tem suscitado bastante interesse. Fora do mundo clássico/contemporâneo, recentemente, tenho abordado outros géneros musicais inesperados. Acho que um artista não se deve fechar em caixas e descartar hipóteses, mesmo que estas não se enquadrem ao momento e com o que tem vindo a explorar. Enquanto intérprete, o meu percurso passou por distintos caminhos e transformações, e é natural que hoje em dia não me identifique com o que fazia no passado. No entanto, é inegável que partilhar o palco com alguém é das sensações que mais me preenchem enquanto artista, e a que mais tenho vontade de desenvolver a longo prazo.

Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos e teus colegas?
Pedro Tavares: Escolham fazer o que gostam, mas lembrem-se que nem sempre o caminho é o mais agradável até ao resultado esperado. Não desistam e sejam honestos com a arte que querem fazer, pois ela vai ser sempre superior a nós, que simplesmente a servimos.

Sobre o programa de bolsas de estudo da YMEF Pedro Tavares afirmou: “Enquanto jovem percussionista, luto todos os dias para ter acesso a um espaço com condições e materiais adequados, imprescindíveis para a minha progressão artística. Receber esta bolsa da Yamaha Music Europe Foundation, é sobretudo um auxílio fulcral para um ambiente de estudo favorável. Acima de tudo, ser apoiado por uma instituição cujo nome é conceituado a nível internacional, serve de grande motivação para continuar a evoluir e a caminhar em direção os meus objetivos profissionais no âmbito da música.”

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