2as Maiores – à conversa com Telmo Rocha

No dia 24 de fevereiro de 2025, no Conservatório de Música do Porto, Telmo Rocha conquistou a Bolsa de Estudo Yamaha — e estivemos à conversa com o jovem trompista.

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música? Que momentos te marcaram nessa descoberta?
Telmo Rocha: O meu primeiro contacto com a música foi no conservatório da minha terra. Comecei aos 5 anos com flauta de bisel e um ano depois mudei para piano. A trompa só apareceu na minha vida bem mais tarde - acho que por volta dos meus 12 anos - quando me foi dado a escolher um instrumento para tocar na banda filarmónica da minha freguesia. Acabei por trocar o piano pela trompa no conservatório.

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências musicais? Há algum artista ou experiência que tenha moldado o teu percurso?
Telmo Rocha: É difícil escolher as minhas maiores influências porque tudo e todos que passaram por mim ao longo do meu percurso influenciaram-me de alguma forma. Todos foram importantes e há tanta boa música que não consigo destacar nada nem ninguém em específico. Faço apenas referência aos meus professores e amigos na ESML por me aturarem e inspirarem diariamente. Algo que também gostava de transmitir é que para além de músicos ou artistas somos pessoas que devem viver fora da sala de estudo, a melhor fonte de inspiração às vezes é um bom filme, um bom livro, uma paisagem bonita, ou até um amor...

Yamaha: O que representa a música na tua vida? De que forma te inspira e motiva no dia a dia?
Telmo Rocha: A música representa tudo. Música não é só uma paixão ou um trabalho, é um estilo de vida.

Yamaha: Podes contar-nos um pouco sobre a tua experiência no programa de bolsas de estudo da Yamaha? Que impacto teve na tua trajetória musical?
Telmo Rocha: Foi sem dúvida um desafio. Tive de escolher o repertório de forma minuciosa para me destacar. A trompa é conhecida por ter um som muito bonito, mas tentei mostrar muito para além disso. Tentei arriscar com um lado muito virtuoso e técnico ao mesmo tempo que havia espaço para cantar melodias bonitas. Fora essa parte da performance, levo muitos ensinamentos para a vida da manhã de formação que tivemos com os jurados da prova final.

Yamaha: Quais são os teus projetos atuais e planos para o futuro? O que te entusiasma no que está por vir?
Telmo Rocha: Eu vou começar como academista da Royal Concertgebouw Orchestra na próxima temporada, fora isso continuo a minha carreira como freelancer tocando em várias orquestras e agrupamentos. Eu tenciono continuar a fazer provas em orquestras e fazer projetos com amigos. Pode ser que apareçam alguns concursos também.

Yamaha: Que mensagem gostarias de deixar aos jovens músicos e aos teus colegas que, como tu, vivem a paixão pela música?
Telmo Rocha: Eu gostaria de dizer que continuem a fazer música e a disfrutar do que é este mundo imenso de melodias. É um meio muito complicado e competitivo, mas se mantivermos o foco e preocuparmo-nos com o que realmente importa, teremos muito sucesso e acima de tudo seremos felizes.

#2asMaiores

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