2as Maiores – à conversa com Filipe Coelho

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
Filipe Coelho: O meu primeiro contacto com a música foi por influência de um amigo que tocava na banda do meu concelho de origem, Paços de Ferreira, que me levou a conhecer e experimentar alguns instrumentos, uma vez que ninguém da minha família tinha antecedentes musicais.

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
Filipe Coelho: Durante os meus estudos as minhas principais influências foram os professores que me acompanharam, Paulo Silva, David Burt e mais tarde Reinhold Friedrich, importantes na construção da minha personalidade enquanto músico, mas também no desenvolvimento do meu caracter enquanto individuo. Atualmente as minhas influências vem de artistas que valorizam especialmente a inovação, a imaginação e a criatividade.

Yamaha: Qual foi o professor que mais te influenciou, há algum conselho ou conhecimento que continuas a transmitir?
Filipe Coelho: Creio que nas diferentes fases da minha vida cada um dos meus professores me marcou profundamente. Penso que a ligação e empatia entre aluno/ professor é preponderante para os resultados que se esperam alcançar. Ter um professor que inspira, quer seja pelo seu conhecimento, pelo seu som ou pelo seu carisma é um estímulo e um guia para quem está a aprender. Foram estas as linhas principais que absorvi dos meus professores e é essa a figura que tento representar para os meus alunos.

Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
Filipe Coelho: A música está ligada a mim desde muito cedo, logo, grande parte das minhas relações pessoais se desenvolveram/desenvolvem através da música. Parece meio clichê dizer que a música é a linguagem universal, mas, mesmo antes de pronunciarmos a primeira palavra já nos comunicamos através de sons. Constitui, portanto, um veículo poderoso de comunicação em todo o mundo e entre todas as pessoas, desempenhando um papel relevante no desenvolvimento do ser humano.

Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?
Filipe Coelho: Atualmente estou bastante ligado ao ensino, dando aulas no Conservatório Nacional e também na Escola Profissional Metropolitana, tenho o meu quinteto de trompetes Almost6, que tem procurado ter um papel agregador e ativo no desenvolvimento do trompete em Portugal. Temos ativo o projeto bi-anual “Festival Internacional de Trompete Almost6”, que representa a celebração do trompete através de masterclasses, concertos, recitais, exposições, entre outras atividades, procurando apresentar sempre algumas das maiores referências do panorama nacional e internacional. Faço parte também de um ensemble de música contemporânea “Lisbon Ensemble 20/21” que se tem distinguido pela sua colaboração com compositores de vanguarda portugueses.

Yamaha: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha?
Filipe Coelho: Uso essencialmente o trompete em Dó 9445CH. A minha escolha pela Yamaha e por este instrumento em particular está relacionada com a sua fiabilidade e flexibilidade. Uma vez que estou envolvido em vários projetos com estilos bastante diferentes entre si, sentia a necessidade de ter um instrumento que fosse capaz de se moldar. Os instrumentos Yamaha têm essa particularidade e são também instrumentos refinados na sua construção tornando-os numa escolha obvia. O trompete oferece ainda um centro tonal rico conseguindo dessa forma uma afinação precisa e uma uniformidade tímbrica.

Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos?
Filipe Coelho: Aos jovens músicos gostava de lhes dizer para que tentem ser felizes através da música, que sejam apaixonados pelo instrumento e cultivem essa paixão frequentando concertos, só assim conseguirão ter a inspiração e resiliência necessária para se virem a tornar excelentes profissionais.

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