2as Maiores – à conversa com André Teixeira

Há sempre alguns colegas que nos marcam e há artistas cujas gravações serão sempre uma referência, mas diria que a influência mais direta é dos professores de piano que me acompanharam.

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
André Teixeira: Embora os meus pais não sejam músicos, o meu pai sempre foi um aficionado por Bach, portanto provavelmente terá sido com música sua: os concertos Brandeburgueses, o Concerto Italiano ou a Partita n°1 para teclado fazem parte do meu imaginário musical desde que me lembro.

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
André Teixeira: Há sempre alguns colegas que nos marcam e há artistas cujas gravações serão sempre uma referência, mas diria que a influência mais direta é dos professores de piano que me acompanharam. O prof. António Oliveira, com quem estudei no Conservatório de Música do Porto, lançou-me frequentemente desafios e transmitiu-me um enorme entusiasmo pela música. E da minha experiência na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, devo ao prof. Miguel Borges Coelho uma boa parte do meu conhecimento sobre música e sobre as possibilidades sonoras do piano. A prof. Madalena Soveral tem uma abordagem musical muito idiossincrática, o que me trouxe uma nova frescura interpretativa. E o prof. Pedro Burmester tem-me ajudado muito no que respeita à compreensão e envolvimento emocional com as obras que toco e a não deixar que isso afete a capacidade de ouvir o que estou a tocar.
É claro que isto é um resumo muito singelo de tudo o que aprendi com estes músicos fantásticos.

Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
André Teixeira: É uma parte absolutamente fulcral da minha vida. Tenho a sensação de que a relação que se estabelece com as obras que tocamos é como a relação com pessoas. E quanto melhor compreendermos as obras - claro que cada um da sua maneira particular - melhor será a sensação durante as horas que passamos com essa música.

Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?
André Teixeira: O meu foco principal neste momento é a continuação dos meus estudos. Tenho a intenção de prosseguir a minha formação na Holanda, devido às ótimas condições de algumas escolas, aos excelentes professores e à vontade de conhecer outras cidades. Na verdade, eu comecei a dedicar-me seriamente ao piano clássico relativamente tarde, por isso ao nível de recitais a minha atividade ainda não é especialmente grande, sobretudo fora do âmbito escolar, mas gostaria que esta bolsa e a participação em alguns concursos pudesse servir de alavanca para começar a tocar mais vezes em público.

Yamaha: Já conhecias o piano Yamaha S7x com que tocaste na final? Qual foi a sensação?
André Teixeira: Não conhecia. Foi muito boa, todos os registos tinham um enorme um potencial expressivo e é sempre fantástico tocar num piano que reage tão bem às intenções do pianista.

Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos?
André Teixeira: Apenas que ouçam e toquem boa música e que se envolvam com as peças que tocam. Não há nada melhor do que ouvir alguém tornar uma obra em algo orgânico, cheio de vida e acreditando sinceramente no que está a fazer, independentemente de quantas notas são "ao lado". Conseguir colocar a nossa vida no que se toca, é o que traz ao público uma certa sensação de "verdade" ao ouvir alguém.

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