2as Maiores – à conversa com Gonçalo Dias

Sempre que vou ensaiar ou para um concerto, vou com a maior vontade e prazer do mundo...

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
Gonçalo Dias: O primeiro contacto que tive com a música, acho que nem me lembro, desde muito cedo que tenho memórias de ouvir música. Como executante foi mais tarde, o meu irmão tinha uma banda de reggae com os amigos, os One sun tribe. Eram todos muito novos ainda e eu a um certo momento comecei a acompanha-los. Ajudava a transportar o backline para os concertos, pois era o único que tinha carta, fazia flyers, colava cartazes, fui "técnico de som", fazia de tudo um pouco para os ajudar. Um dia comprei uma melódica e comecei a tocar com eles uma ou duas músicas nos concertos, dai até passar para os teclados foi um instante.

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
Gonçalo Dias: As minhas influências na música são muitas, tento beber um pouco dos mais diversos estilos musicais. Mas é no Reggae onde bebo mais, desde os mais antigos como Bob Marley, Peter Tosh, Burning Spears, Sly & Robbie, Steel Pulse, Alpha Blondy, como os mais recentes Tarrus Riley, Morgan Heritage, Raging fyah, entre tantos outros. No que diz respeito a teclistas, Earl Lindo, teclista do Bob Marley, Jackie Mitto, Augustus Pablo, e mais recentemente Winta Fresh.

Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
Gonçalo Dias: A música tem uma grande importância na minha vida, não há um único dia que passe que não esteja em contacto com ela, seja a ouvir ou a tocar, não conseguiria viver sem ela. E depois melhor ainda, é conseguir viver a fazer aquilo que mais gosto. Costumo dizer que sou um privilegiado por ter a vida que tenho, sempre que vou ensaiar ou para um concerto, vou com a maior vontade e prazer do mundo, e tenho perfeita noção que isso não se passa com uma grande parte das pessoas.

Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?
Gonçalo Dias: Atualmente toco com o Richie Campbell, estou com ele desde o início da sua carreira a solo. A nossa música sempre foi reggae e as suas diferentes vertentes, com a saída da mixtape Lisboa no final de 2017, as sonoridades alteraram- se completamente, agora mais virados para o dancehall, afro e R&B.

Yamaha: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha?
Gonçalo Dias: Estou a usar o Montage 6 e estou completamente rendido, é uma workstation muito completa com os timbres perfeitos para os estilos de música que toco.

Yamaha: Alguma mensagem final os jovens músicos?
Gonçalo Dias: Sigam sempre os vossos sonhos, mas que tenha noção que só com trabalho é que se consegue tornar os sonhos em realidade. Não se deixem deslumbrar, e que tenham sempre os pés bem assentes na terra.