2as Maiores – à conversa com Paulo Basílio

A música acompanha-me 24h por dia, costumo brincar a dizer que até a dormir.

Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
Paulo Basílio: Primeiro contacto com a música que serviu de despertar da vontade de aprender e a tocar e fazer música, no meu caso através da guitarra, foi no verão de 1990. Uma das bandas incontornáveis do rock português os Xutos & Pontapés tiveram a iniciativa em conjunto com a marca de refrigerantes Sumol de fazer uma tour por escolas secundárias por todo o país, pois bem a escola que frequentava na altura não foi exceção, de lembrar que era o inicio da década de 90 o boom do novo rock, e pessoalmente era um ávido consumidor de música através dos programas do ícone da rádio Portuguesa António Sérgio, quem seguia religiosamente nos seus programas, como o Som da Frente e o Lança Chamas. Pois bem foi na pequena sala de convívio da escola que oiço o som que abalou todo o meu universo na altura, a entrada de feedback do guitarrista João Cabeleira e toda a sonoridade e presença da banda e da música, parecia magia, era o primeiro concerto de rock que assistia e toda aquela força sonora, a comunhão do publico com a banda, o rasgar das guitarras, deixaram-me completamente rendido e uma marca que ainda hoje perdura, a energia e vibração que a música nos provoca!

Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
Paulo Basílio: Ao longo dos anos fui descobrindo vários músicos com os quais me identifico e me servem de exemplo e inspiração, os meus primeiros “Heróis” de juventude na guitarra, Randy Rhoads, Adrian Smith e o Van Halen, passando pelo Satriani e Richie Kotzen. Os músicos que considero os pais e fundação do rock, Jimi Hendrix, Jimmy Page , Pete Townshend e Tony Iommi! Zakk Wylde pelo seu estilo único e postura na música e David Guilmour pela sua eloquência e timbre singular! Como tive sempre curiosidade em relação a vários estilos de música, certa altura descubro o jazz, claro que Pat Metheny é incontornável é um dos guitarristas mais imaginativo e que transmite principalmente ao vivo o sentido de liberdade musical e a expandir as barreiras musicais interlaçando vários estilos e sonoridades, mas foi o Saxofone do Coltrane que me deu aquele arrepio na espinha, e adorei estudar os estilo groovie do Wes Montgomery o toque do Pat Martino e a nível nacional terei de referir Mário Delgado, para além de meu professor, a sua sonoridade, harmonia e desconstrução temporal e tímbrica é deliciosamente inspiradora como por exemplo no projeto Trio Carlos Barreto e um dos principais músicos de sessão desde os anos 80 e pioneiro do Jazz em Portugal.

Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
Paulo Basílio: A música acompanha-me 24h por dia, costumo brincar a dizer que até a dormir. Com a minha atividade profissional que vai para além de tocar guitarra, desde a produção musical até à sonoplastia, a música é um dos grandes fios condutores de ligação de energia à humanidade, não precisa de palavras para ser percebida por nós, consegue criar laços de harmonia e reações no nosso intimo, adoro tudo o que a envolve desde as notas e o sentimento que está na sua origem até ao som que é quem a transporta até nós!!

Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?
Paulo Basílio: De momento estou a preparar o segundo álbum de originais da minha banda de rock português “DESERTO” com músicos que tocaram comigo nos anos 90 em Ex Votos, aliada à minha atividade como técnico e produtor de estúdio em bandas de Metal e Rock Independentes Nacionais, editor técnico para a revista de música nacional “Arte Sonora” (O Geek da redação) e como Técnico de Som em pós-produção Áudio para Televisão, Cinema e publicidade na Plural Entertainment.

Yamaha: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha?
Paulo Basílio: Desde que comecei a aprender a tocar que varias vezes fui escolhendo a Yamaha naturalmente e também a Line 6 quando apareceu com o primeiro POD em 1999, mas foi logo no inicio de tudo quando entrei para escola de música a iniciar os estudos em viola clássica, com poucas possibilidades de orçamento e experiência quase nada, entre varias que pude experimentar fiquei rendido a uma C40 que me acompanhou vários anos e que ainda hoje tem o seu lugar especial lá em casa, mas foi passado uns anos, na primeira vez que toquei fora do pais, numa pequena tour com Ex Votos a fazer banda suporte para Xutos & Pontapés em Toronto em 95 que me encantei numa pequena loja de música por uma guitarra de formato LP e só depois de estar a tocar nela à mais de 30min parei e perguntei ao rapaz da loja que guitarra era aquela pois nunca tinha visto o modelo em Portugal, Yamaha Wenddington Classic, ainda hoje continua a ser a minha principal guitarra elétrica. De momento tenho o meu setup composto pela Helix da Line6, desde que saiu o POD que me converti ao digital principalmente nas performances ao vivo, pela sua qualidade sonora e dinâmica com que adoro tocar, versatilidade, muito prática e intuitiva de utilizar! As guitarras uso a Variax JTV59, para os sets em que preciso de usar sons de guitarra acústica ou afinações diferentes, a Yamaha Pacifica 611 VFM TBL das guitarras mais versátil e consistente com que já toquei, adoro a configuração HH-P90 e a ponte aguenta todo o tipo de trabalho de vibrato que lhe impinja, neste Verão fiquei vidrado com a Revestar 502 com P90’s e já estou a utilizar nos temas novos da minha banda DESERTO, por isso no inicio de 2018 vai andar comigo na estrada também!

Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos?
Paulo Basílio: Sigam a vossa paixão!! No meu caso o que posso aconselhar em relação aos músicos que começam agora os seus estudos e a experimentar as primeiras bandas, treinem muito, estudem muito mas de forma a enquadrarem no que pretendem tocar, será sempre uma fonte de motivação e evolução, e tenham em consideração o material desta grande marca de material ao serviço da música, está impresso no que fazem a paixão pela arte e o prazer de tocar um instrumento! Muitos anos antes de ser convidado a colaborar com a marca, que venho a constatar esse facto!

Paulo Basilio utiliza:

Guit. Elétrica Yamaha Pacifica 611VFM TBL
Guit. Elétrica Yamaha Revstar RS502 BLG
Guit. Elétrica Line 6 Variax JTV59
Guit. Acústica Yamaha LL6 ARE
Proc. Efeitos Line 6 Helix
Monitores de Estúdio Yamaha HS-80
Monitores de Estúdio Yamaha NS-10

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