2as Maiores – à conversa com Inês Lobo
Acho que sem a música não seria capaz de comunicar. Perder a capacidade de comunicar é perder a ligação com os outros, com o mundo e com a vida.
Yamaha: Como foi o teu primeiro contacto com a música?
Inês Lobo: O primeiro momento de que tenho memória, é de um pequeno concurso numa praia da Costa da Caparica no verão de 89. Eu tinha 4 anos, fui cantar uma música e aqueles minutos foram a minha primeira experiência real com músicos (tinham uma banda completa ao vivo), microfones, palco e público!
Yamaha: Quais são as tuas maiores influências na música?
Inês Lobo: É uma pergunta complicada porque as minhas influências normalmente se vão alterando ou adaptando à medida que vou evoluindo na música. Posso dizer que os que mais me acompanham são por exemplo Prince, Jamiroquai, James Brown, Guns N' Roses e a grande maioria do rock dos anos 80, estas garantidamente estarão sempre presentes.
Yamaha: Que importância tem a música na tua vida?
Inês Lobo: A música é a linguagem mais importante que existe, para mim. Acho que sem ela não seria capaz de comunicar. Perder a capacidade de comunicar é perder a ligação com os outros, com o mundo e com a vida.
Yamaha: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?
Inês Lobo: Neste momento mantenho algumas das bandas das quais faço parte já há alguns anos, como o tributo a Pink Floyd (Endless Floyd), que me permite ter uma performance mais fiel ao original e é um trabalho mais exigente na sua execução, com metrónomos e backing tracks. Por outro lado continuo no caminho do soul/funk, que venho a desenvolver já desde 2010, com Legendary e Funkalicous (mais recentemente.)
Durante o ano de 2017, a convite da minha amiga e vocalista Diana Abreu, formámos um duo "dinâmico" (como eu costumo dizer!) em que eu saio da bateria e assumo um espetáculo nas teclas, voltando assim ao instrumento que me colocou na música. Este é um duo de covers que tem como base de trabalho a dedicação e a diversão, com um repertório alegre e abrangente. Ainda em 2017 fui convidada por um grande mestre do acordeão nacional, Mário Caeiro, para ser integrante da sua banda e fizemos a nossa estreia no final do ano. Este é um projeto particularmente desafiador. É a primeira vez que trabalho com uma banda tão especifica, com linguagens tão diferentes e tão ricas. Está a ser muito recompensador trabalhar com o Mário e acredito que vão ouvir falar de nós durante este ano de 2018. Estou ainda a integrar um projeto de Blues/Rock a convite do guitarrista João Oliveira ( com quem já trabalhei em diversos projetos) e tem sido também um desafio muito valioso, onde o alinhamento passa por grandes nomes da história do Blues, o que me permite continuar a evoluir enquanto baterista. Estamos a preparar o repertório de 2018 que começará a ir para a estrada já em Março. A palavra de ordem é portanto "versatilidade".
Yamaha: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha?
Inês Lobo: O meu kit principal é a Yamaha Oak Custom (made in japan), com bombo 22", tarola 14" e 2 toms 10" e 14". É a bateria que uso na estrada e para gravar. Gosto acima de tudo da qualidade sonora que esta bateria me permite ter em qualquer circunstância, em qualquer espaço e, arrisco-me a dizer, para qualquer género musical. É uma bateria que tem um timbre muito bonito, tem uma ótima projeção de som mas é também muito fácil de controlar. É uma bateria que, para alegria minha, tem sido sempre elogiada nas mais diversas situações e é sem dúvida o meu som, a minha assinatura. Tem uma característica muito especial para mim: apesar dos toms terem medidas pequenas, a Oak Custom permite-me ter uma afinação mais grave e cheia, sem a necessidade de ter peças maiores. Para espaços mais reduzidos, para projetos mais simples, ou simplesmente para aqueles dias em que me apetece levar menos coisas, utilizo o bombo Manu Katche de 16" e tenho o trabalho assegurado. É um bombo pequeno mas muito competente e que me permite fazer um kit mais pequeno, bastando acrescentar um timbalão, e o trabalho fica igualmente assegurado. Outra coisa que não posso deixar de mencionar é o hardware super estável que a Yamaha tem (detesto tripés que abanam por todos os lados!) e para além disso é muito prático utilizar os tripés em conjunto e alterar a sua disposição, pois são todos adaptáveis e reguláveis. Não posso também deixar de mencionar a incrível durabilidade do material, até hoje não tenho nada que se tenha danificado nem por excesso de uso ou de idade!
Yamaha: Alguma mensagem final para os jovens músicos?
Inês Lobo: Tal como em qualquer outra coisa na vida, devemos entregar-nos ao que nos faz feliz. Se a música é o que te faz feliz, investe nisso o mais que puderes. Juntem-se a amigos, façam bandas, criem músicas, toquem covers, aprendam e tentem evoluir sempre dentro das vossas possibilidades e capacidades. A música tem que ser capaz de nos arrancar aquele sorriso mais genuíno, e quando é assim só temos que acreditar em nós e procurar quem nos possa ajudar a crescer, com humildade, mas com a ambição de chegar a algum lugar.
Inês Lobo utiliza:
Bateria Yamaha Oak Custom Bombo Yamaha Junior Kit “Manu Katché” Bateria electrónica Yamaha DTX532K Hardware Yamaha
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