2as Maiores – à conversa com Eduardo Lopes

“ficou-me gravado na memória aquele ‘break’ de semicolcheias que ouvi quando tinha 8 ou 9 anos tocado pelo baterista”

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A música é fundamental para mim – parte integrante de quem sou. Sem a música de certeza que eu não existia.

YAMAHA: Como foi o teu primeiro contacto com a música?

EDUARDO LOPES: Para além de ter tido desde muito cedo contacto com a música por via familiar, pois o meu avô era músico profissional militar (também professor e conceituado maestro de orquestras filarmónicas), e da inevitável breve passagem pela atraente guitarra, no que respeita à bateria, ficou-me gravado na memória aquele ‘break’ de semicolcheias que ouvi quando tinha 8 ou 9 anos tocado pelo baterista da banda da festa de natal do emprego do meu pai. A partir daí soube que mais tarde ou mais cedo iria ser baterista.

YAMAHA: Quais são as tuas maiores influências na música?

EDUARDO LOPES: Seguramente todos os grandes músicos de qualquer estilo musical. Todos eles e elas, de uma forma consciente ou inconsciente, acabaram e acabam por me influenciar, pois qualquer grande músico tem sempre algo de diferente e de interessante, por mais pequeno que seja, que me desperta a curiosidade de conhecer e aprender. Mas se eu for mesmo obrigado a mencionar um… tenho que referir o Max Roach. Por muitas e muitas razões, mas também porque terá sido o baterista que mais contribuiu para efetivamente assumirmos a bateria como instrumento solo e em patamar de igualdade para com qualquer outro instrumento.

YAMAHA: Que importância tem a música na tua vida?

EDUARDO LOPES: Tem toda a importância e é fundamental para mim – parte integrante de quem sou. Sem a música de certeza que eu não existia. (literalmente também: pois desde sempre que paga as minhas contas!).

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YAMAHA: Fala-nos um pouco dos teus projetos atuais?

EDUARDO LOPES: Para além da atividade como professor e educador de música e bateria com todas as aulas que dou e workshops um pouco por todo o lado, estou ao momento a terminar o meu segundo livro/método de bateria. Espero que esteja nas bancas na primeira metade de 2018! Como artista freelancer ocasionalmente poderão ver-me e ouvir-me a tocar com vários projetos nacionais e internacionais. Um pouco mais sob a minha direção tenho presentemente o quarteto e o quinteto de Eduardo Lopes, projetos que procuram reavivar alguma da ‘sofisticação’ (com ressonâncias a West Coast jazz) do grande American Songbook. Numa formação mais alargada de octeto, o projeto UÉ All Stars Jazz Ensemble apresenta-se num estilo de interface entre o jazz e o pop-rock, contando por vezes com presenças especiais dos mais conhecidos e conceituados artistas portugueses.

YAMAHA: Podes falar-nos um pouco sobre o material que estás a usar e porque escolheste Yamaha?

EDUARDO LOPES: Não havendo outra marca de baterias que possa ser considerada como melhor que a Yamaha, para mim o valor extra das baterias Yamaha é a versatilidade dos seus modelos. Dificilmente se poderá encontrar outra marca de baterias que esteja presente ao mais alto nível de qualidade de som num espectro tão lato de estilos musicais. Esta versatilidade (obviamente adicionada à qualidade superior de som) é para mim fundamental no séc. XXI. Tocando eu em vários projetos com diferentes formações e sonoridades de estilos, procuro obviamente um instrumento que me responda ao mais alto nível em todos eles. Na minha opinião as baterias Yamaha são ideais para estes contextos. Eu continuo a ser um adepto do kit de 5 peças. Mais uma vez é aquele tamanho que maior versatilidade me dá. Eu tenho uma fantástica Maple Custom com as seguintes medidas, Timbalões: 8” x 8”; 10” x 9”; 12” x 11”; 14” x 16”. Bombos: 18” x 16”; 20” x 18”. Tarolas: Dave Weckl 13” e 14” (double snares). Com este material eu posso construir dois kits de 5 peças. Um kit mais pequeno para formações reduzidas e ambientes mais acústicos e um outro de medidas maiores para formações mais alargadas. (ah! E tenho sempre à mão um super fantástico Junior Kit Manu Katché que serve para quase tudo e cabe em qualquer lado!)

YAMAHA: Alguma mensagem final os jovens músicos?

EDUARDO LOPES: Na época da informação em que tudo parece estar disponível à distancia de um click no computador, não esqueçam que a música é inerentemente humana, feitas por pessoas e para pessoas. Para mim é fundamental que não se perca o contacto direto entre humanos, quer seja para a aprendizagem, ou para a partilha e performance. Assim, continuem a estudar muito; a ensaiar e tocar com os vossos colegas nas vossas salas de ensaio e garagens; procurem também um bom professor que vos ajude a mais facilmente encontrarem a vossa voz musical, e... sejam muito, muito felizes com a música!

Eduardo Lopes utiliza:

  • Bateria Yamaha Maple Custom
  • Bateria Yamaha Junior Kit “Manu Katché”
  • Tarola Yamaha Dave Weckl
  • Hardware Yamaha

#2asMaiores

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